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Diabetes

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Diabetes

  1. O que é Diabetes Mellitus?

É a alteração do metabolismo do carboidrato, gordura e proteína. Desequilíbrio do organismo, que pode ter uma raiz endógena, genética ou um descontrole alimentar. Dependendo da raiz temos um tipo de Diabetes Mellitus (Tipo I ou Tipo II). Geralmente o Tipo I é insulino dependente e o tipo II não.

Portanto podemos dizer que Diabetes Mellitus é caracterizado pela presença elevada de açúcar no sangue devido a uma insuficiente produção da insulina ou deficiência na sua ação de resistência da insulina.

 

  1. Qual diabete é mais freqüente e como começa?

Vivemos em um mundo muito moderno, onde não temos mais tempo para nos cuidar, para nos alimentarmos bem, consumimos muitos industrializados, alimentos ricos em gordura, açucares e químicas, sem contar com o ritmo de vida acelerado e um alto estresse. Esses fatores são os aliados para que haja um desequilíbrio do organismo e começamos a engordar e desenvolver várias doenças, inclusive a Diabetes Mellitus e neste caso o diabetes mais fácil de desenvolver é o tipo II.

 

  1. Como saber se corro o risco de desenvolver Diabetes Mellitus do tipo II?
  • Pessoas que possuem crises de hipoglicemia, principalmente reativa podem desenvolver a Diabetes Mellitus.
  • Pessoas que possuem circunferência abdominal elevada, principalmente com casos de Diabetes na família.

Segundo a III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemia13 os valores da medida da cintura e riscos para complicações metabólicas, são:

Homem maior que 94 cm

Mulher maior que 80 cm

  • Estresse, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar.

 

  1. Quais as conseqüências do descontrole do Diabetes Mellitus?

Tipo II:

– Infarto do miocárdio é uma das primeiras causas de morte

– Retinopatia / Cegueira

– Doença Renal

– Neuropatia

– Doença Cardiovascular (coronária / cerebral / periférica)

– Pé diabético (inflamação)

 

Tipo I:

– A primeira causa de morte é a Insuficiência Renal

 

  1. Quais os sintomas do Diabetes Mellitus?

– Poliúria (urinar demasiadamente)

– Confusão mental

– Hálito cetônico

– Obesidade

-Hipertensão

– Dislipidemia (alteração do colesterol e, ou triglicérides).

– Recém nascido > 4 Kg

– Polifagia (fome excessiva)

– Sede excessiva.

 

 

  1. Quais são os principais minerais e as vitaminas para o Diabetes Mellitus II?
    • Cromo

Auxilia no Diabetes Mellitus Gestacional

Melhora o controle glicêmico do diabetes melittus tipo 2. O cromo melhora a sensibilidade insulínica e o perfil lipídico. As fontes alimentares são carqueja, centeio, levedo de cerveja, castanhas, alimentos integrais, peixes e farelos, 4 5,6.

 

 

 

    • Coenzima Q10

Melhora a fadiga

Melhora a função das células B do pâncreas, estimulando a síntese de insulina.

Fonte: Feijão azuki, farelo de arroz, gérmen de trigo, soja em grão, castanhas e aveia.

 

    • Vanádio

Tem a função de melhorar a captação de glicose, melhorar a ação da insulina e melhorar a sensibilidade à ação desse hormônio7, 8,9.

Fontes: salsa e nas oleaginosas

 

    • Molibidênio

Fontes: leguminosas, grãos integrais, vegetal verde escuro.

 

    • Vitamina antioxidante (C, E, selênio, Zn, Mn, Vitamina A).

Protege o organismo contra inflamações, melhora a circulação, previne infartos, controla Hb a/c, melhora catarata, reduz estresse.

Fontes: frutas, verduras, oleaginosas, ovo, quinua, semente de girassol, semente de abóbora.

Vitamina E

Melhora a sensibilidade insulínica e inibe a oxidação da LDL1,2,3.

Fontes: oleaginosas, gérmen de trigo, gergelim, óleos vegetais, sementes.

 

 

  • W3

Melhora a circulação, ajuda na ação da insulina, diminui resistência da insulina, inibe a formação de placas de gordura nas artérias, ajuda a reduzir do triglicérides.

Fontes: peixes de água salgada profunda (salmon, sardinha, atum, arenque, cavala), oleaginosas, semente de linhaça e óleo de linhaça.

 

 

  • Magnésio

É um microelemento facilmente espoliado por isso seu consumo deve ser otimizado. Melhora o comportamento dos receptores hormonais da insulina, promove o transporte de glicose para a célula, melhora a sensibilidade insulínica e níveis de hemoglobina glicolisada, além de atuar na ação do óxido nítrico. 10.

Fontes: folhas verdes, oleaginosas e peixes.

 

  • Zinco

Protege as células betas do pâncreas, cofator na síntese, secreção e utilização de insulina. Suas principais

Fontes: carnes de frango e peixe, grãos integrais, castanhas, tubérculos, legumes, entre outros.

 

  • Manganês

Melhora a síntese e a sensibilidade insulínica, cofator para enzimas do metabolismo da glicose. Pode ser facilmente preenchido com o consumo de oleaginosas.

 

  • Vitaminas do Complexo B

Contribuem para a melhora dos pacientes em diabetes melittus, além de prevenir neuropatias. A deficiência das vitaminas B12 e B6 é comum aos pacientes diabéticos tipo II. A niacinamida (B3) melhora o controle glicêmico, inibe fator de necrose tumoral e exerce ação imunológica. O folato melhora o endotélio do vaso. A biotina melhora a sensibilidade do receptor de insulina, impede a elevada produção de glicose hepática11,12.

 

Fonte: Vegetais verdes escuros, germe de trigo, aveia, quinua, carnes, ovos.

 

 

  1. O que é índice glicêmico e como ajuda no controle do Diabetes Mellitus?

 

 

Quando comemos, o alimento é digerido e absorvido pelo nosso organismo, fornecendo nutrientes como o açúcar. Isto é, todo alimento é uma fonte de glicose para o corpo, em menor ou maior quantidade.

Como os alimentos não são iguais em sua composição, alguns fornecem maiores quantidades de açúcar e outros menos; além disso, a presença de algumas outras substâncias, também, pode diminuir a absorção de glicose.

Para medir a quantidade de açúcar que um alimento fornece ao organismo após a sua digestão e absorção, ou seja, quanto a sua glicemia aumenta após a ingestão de um alimento, foi criado o que chamamos de Índice Glicêmico.

Índice Glicêmico é uma maneira de mostrar quanto à taxa sanguínea de açúcar se altera após a ingestão dos alimentos em um determinado tempo.

 

  • Alimento com índice Glicêmico Alto: são aqueles que, depois de digeridos e absorvidos, provocam um aumento na taxa de glicose no sangue acima de 90 mg/dL;
  • Alimento com Índice Glicêmico Intermediário: são aqueles em que o aumento da taxa de glicose sanguínea fica entre 70 e 90 mg/dL;
  • Alimentos com Índice Glicêmico Baixo: são aqueles que elevam pouco a glicemia geralmente em taxas inferiores a 70 mg/dL.

 

O Índice Glicêmico pode ser uma ferramenta importante para nos orientar, mas nunca deve ser usado sozinho.

Para compor uma dieta devemos ter em mente que o organismo precisa de muitas outras substâncias além do açúcar, que devem ser ingeridas em proporções adequadas.

 

O índice glicêmico não é fixo, ele pode variar de acordo com alguns fatores, como:

  • A variedade do alimento: por exemplo, existem vários tipos de arroz, com diferentes tipos de amidos, que resultam em índices glicêmico também distintos;
  • A forma de preparo: batatas cozidas e amassadas, tipo purê, apresentam índice glicêmico maior do que as batatas cozidas inteiras:
  • O conteúdo de fibras: alto teor de fibras, principalmente, as fibras solúveis contribuem para a diminuição de absorção de glicose.

 

No dia-a-dia devemos considerar, além do índice glicêmico a quantidade total de carboidratos, de gorduras, de proteínas, fibras e sal, que são também fatores importantes no tratamento dietético do indivíduo diabético.

Para compor uma alimentação equilibrada e adequada no controle do diabetes, devemos dar preferência a:

 

  • Alimentos integrais: pães e arroz integral são boas opções de carboidratos, pois possui maior quantidade de fibras;
  • Frutas inteiras: ao invés de sucos (no processamento de sucos há sempre uma perda de fibras). O suco de 1 laranja produz um aumento maior da taxa de açúcar no sangue do que a ingestão de uma laranja:
  • Vegetais frescos, na forma de salada, evitando molhos gordurosos (tipo maionese), dando preferência à adição de azeite para o tempero;
  • Peixes e aves: com maior freqüência, e carnes vermelhas sempre magras, retirando a gordura visível;
  • Ingerir menor quantidade de alimentos ricos em gordura saturada, tais como gordura vegetal, bacon e queijos gordurosos.

 

Na prática continua valendo: escolher bem os alimentos, sempre lembrando de variar e preferir o de melhor qualidade nutricional, controlar o horário das refeições e consumir quantidades adequadas – esta é a regra de ouro para uma alimentação saudável.

 

 

  1. Diferença entre diet e light?

 

Alimentos dietéticos: são aqueles em que um determinado nutriente foi restringido, sendo que o alimento pode conter apenas a adição de 0,5 gramas do nutriente por 100 gramas ou 100 ml do produto. Nem sempre o nutriente restringido é o açúcar, pode ser uma proteína, gordura ou sódio. Por isso devemos prestar muita atenção e ler os rótulos dos alimentos, para verificarmos qual foi o nutriente restringido. Algumas vezes os nutrientes restringidos pode ser substituído, como, por exemplo, retirar o açúcar e colocar adoçante.

 

Alimentos Light: esses alimentos apresentam redução mínima de 25% de um determinado nutriente ou calorias comparando com o alimento convencional. Portanto um alimento light possui uma menor quantidade do nutriente que pode variar (açúcar, gordura, proteína, sódio).

Dessa maneira, a primeira diferença entre o alimento diet e o light está na quantidade permitida de nutriente. Enquanto o diet precisa ser isento de determinado nutriente o light deve apresentar uma diminuição mínima de 25% de nutrientes ou calorias em relação ao alimento convencional. A segunda diferença é conseqüência da primeira: o alimento light não é necessariamente indicado para pessoas que apresentam algum tipo de doença (diabéticos, celíacos – alergia ao glúten, fenilcetonúricos).

 

Como podemos perceber os alimentos dietéticos nem sempre são para indivíduos diabéticos, por isso deve-se prestar muita atenção, pois confusões são fáceis de acontecer, por isso ler o rótulo dos produtos é fundamental para verificar se eles atingem suas necessidades.

Outra observação importante é que os produtos dietéticos muitas vezes restringem o açúcar, mas não a gordura, como é o caso dos achocolatados diet, e a gordura também é prejudicial à saúde.

 

  1. Os alimentos diet podem ser prejudiciais em excesso?

 

Tanto crianças diabéticas, quanto os adultos, assim como a população que costuma abusar dos produtos light e diet deve tomar muito cuidada, pois são geralmente produtos industrializados, ricos em conservantes, corantes, espessantes entre outras químicas como educolantes artificiais (adoçantes), que para o nosso organismo não são considerados nutrientes e podem fazer mal para a saúde quando consumidos em excesso.

Será que no nosso DNA existe um código genético para identificar diet e light?

Vale a pena pensar nessa frase e não nos esquecermos que somos formados por células e que cada célula para funcionar precisa de 46 tipos de nutrientes diferentes, que são encontrados nos alimentos naturais como frutas, verduras, legumes, grãos, carnes, cereais, entre outros e não nos alimentos industrializados ricos em gordura, químicas, pobres em fibras, vitaminas e minerais.Portanto nós não devemos abusar desses produtos diet e light mesmo quando indicados para diabéticos, principalmente as crianças.

Devemos buscar uma alimentação saudável, para melhorarmos nossa qualidade de vida. Ter qualidade de vida não é simplesmente não ter diabetes ou ter um bom controle da glicemia, é termos uma saúde plena, sem dores de cabeça, indisposições, stress, ansiedade, depressão e etc… Muitas vezes nos acostumamos com os problemas, com os sintomas ruins. Precisamos equilibrar nossa alimentação, darmos mais valor para ela, escolhermos melhor os alimentos, termos mais tempo para comer, pois só assim equilibraremos nosso organismo para agüentar o trabalho, os problemas e viver com qualidade de vida.

 

 

  1. Considerações finais

Um item fundamental na vida do diabético é o tratamento dietético, pois 80% é controle alimentar A alimentação adequada permite um bom controle metabólico, mas só é possível com a cooperação do paciente.

A prevalência do diabetes em torno do mundo, apesar de já ser considerada alta, vem crescendo continuamente em decorrência do modo de vida.

Estudos recentemente divulgados pela OMS e pesquisas de hábitos alimentares feitas pelo IBGE nos mostram que estamos na contramão da ciência, quanto mais conhecemos a influência do hábito alimentar em nossa qualidade de vida, pior são as condições nutricionais da nossa alimentação.

Nosso hábito alimentar vem sofrendo mudanças importantes nos últimos 40 anos. A oferta de alimento está cada vez maior, porém, cada vez menos nutritiva e com maior participação de gordura trans e produtos químicos.

Segundo a OMS, em recente estudo publicado, 72% das mortes no Brasil em 2005 tiveram como causa Doenças Crônicas, destas, 45% foram mortes prematuras, antes dos 70 anos. Ainda, segundo a OMS, 80% dos casos de diabetes tipo II, problemas cardiovasculares, e AVC, bem como 40% dos tipos de câncer poderão ser evitados se houver alimentação adequada, redução do uso de tabaco e atividade física regular.

As medidas preventivas apropriadas para os pacientes diabéticos incluem: perder peso, parar de fumar, controlar a hipertensão arterial, fazer exercícios diariamente e adotar uma dieta adequada e individualizada.

Enfim, o diabético deve ter o direito a uma melhor qualidade de vida para exercer normalmente as suas atividades dentro da sociedade e sentir segurança na conduta regular de sua saúde, promovendo um bem estar físico e emocional.

 

 

Bibliografia

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  12. RALPH, C., et al. Update on Coblamin, Folate, and Homocysteine. Hematology, New York Methodist Hospital, 2003.
  13. III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia – vol. 77, supl. III, 2001.